Os 25 anos do Super Nintendo e os 10 do Xbox 360
Não é de hoje que as gigantes lançam seus consoles no fim de Novembro ou no início de Dezembro, com o óbvio objetivo de alavancar as vendas para o natal. Não por outra razão, os aniversários de 25 anos do Super Nintendo e 10 do Xbox 360 caíram em dias próximos (21 de novembro de 1990 e 22 de novembro de 2005, respectivamente). Tirando o fato das datas "redondas", nada de tão especial há nesses dias - 22 de novembro também foi aniversário de 19 anos do Sega Saturn e... who fuck*ng cares?
Mas há outros fatos que colocam em situação semelhante o Xbox 360 e o SNES (no Japão conhecido como Famicom e no Brasil conhecido por Super Nintendo ou, mais informal ainda, "Nintendão"). Ambos consolidaram suas respectivas empresas no mercado e trouxeram inovações em hardwares lançados posteriormente.
Vamos começar pela Nintendo
A Nintendo terminou os anos 1980 com vários sucessos em seu portfólio. A série de portáteis Game & Watch havia sido um sucesso, franquias como Zelda, Mario e Donkey Kong ganhavam cada vez mais força e - o melhor de tudo - haviam sobrevivido ao ~terrível~ crash dos games de 1983.
Acontece que muita gente credita a existência do Super Nintendo à então arquirrival da Big N, Sega, que havia causado incômodo com seu Master System na geração anterior. Em outras palavras, especula-se que a Nintendo considerava seu NES/Nintendinho um console "imbatível", tanto por seu sucesso como em razão do fracasso do Atari 7800. O lançamento do console da Sega chacoalhou a Big N de seu cochilo na rede.
A disputa ficaria ainda mais acirrada naquela geração, e o Super Nintendo apanharia um pouco do Mega Drive, de sua rival conterrânea, que ainda daria mais uma dor de cabeça em breve: a criação do personagem Sonic, o ouriço em 1991!
A maior reação viria em 1994, com o lançamento de Donkey Kong Country, visto até hoje como um jogo revolucionário por, já naquela época, apresentar uma apurada pré-modelagem em 3D.
Donkey Kong Country deu ao jogador de Super Nintendo aquele gostinho da estética tridimensional, que ganharia cada vez mais força nos consoles das gerações seguintes.
Mas um dos maiores legados do Super Nintendo está em algo que dificilmente é lembrado: o acessório Satellaview. Graças a ele, os usuários do console no Japão podiam viver, no início dos anos 1990, uma experiência que é muito comum atualmente: baixar jogos, conteúdos exclusivos e jogar online. Tudo com as limitações dos anos 1990, é claro.
O sistema, para se ter uma ideia, precisava dividir o sinal com o canal por TV a cabo WOWOW, e o jogador só poderia fazê-lo em determinados períodos do dia.
E a Microsoft?
Rede online não é problema para a Microsoft hoje, tampouco era em 2005, quando lançou seu Xbox 360. Não apenas isto: no novo console, a gigante de Bill Gates conseguiu estabelecer uma rede ainda mais confiável que seu antecessor, o primeiro da série.
Se com o primeiro Xbox, a Microsoft precisou omitir o uso de Windows como sistema operacional e convencer os usuários de que a experiência de se jogar no Xbox ia além do jogo em PC, com o Xbox 360 a ideia de um console da Microsoft já estava consolidada.
A Sega havia desistido dos consoles, e passaria de rival a cliente, tanto da Microsoft como da Sony e da Nintendo. Havia, ainda assim, grande resistência do mercado japonês, o que se vê até hoje.
Tirando os fanboys de PlayStation, que jamais viriam ou verão qualquer Xbox com bons olhos, o maior rival do Xbox 360 foi o Wii (cujo mesmo aniversário de 10 anos se dará ano que vem). O grande diferencial do console da Nintendo, o sensor de movimentos que permitia uma experiência além da de apertar botões, viria a ter uma resposta à altura em 2010.
Sem dúvida, o Kinect gerou um legado à história dos games que é maior que o próprio XBox 360, embora a existência de um dependesse totalmente do outro - pelo menos no início. Pela primeira vez na história, era possível jogar videogame sem absolutamente nada nas mãos, e essa resposta fez muito mais estrago na Nintendo do que o Move da Sony (que pouco tinha de diferença de um Wii Remote).
Satellaview e Kinect, mais que simples acessórios, deram a seus respectivos consoles um horizonte muito mais amplo. Num mercado em que acessórios de gosto duvidoso não vão muito longe, eles praticamente ressignificaram seus consoles, ajudando-os a permanecer na memória gamer por muito tempo ainda!
Com imagens de Divulgação / Reprodução / Wikipédia
artigo atualizado em 29/11/2015
Mas há outros fatos que colocam em situação semelhante o Xbox 360 e o SNES (no Japão conhecido como Famicom e no Brasil conhecido por Super Nintendo ou, mais informal ainda, "Nintendão"). Ambos consolidaram suas respectivas empresas no mercado e trouxeram inovações em hardwares lançados posteriormente.
Propaganda com a versão americana do console da Big N, que naquele país tinha um design próprio. |
Vamos começar pela Nintendo
A Nintendo terminou os anos 1980 com vários sucessos em seu portfólio. A série de portáteis Game & Watch havia sido um sucesso, franquias como Zelda, Mario e Donkey Kong ganhavam cada vez mais força e - o melhor de tudo - haviam sobrevivido ao ~terrível~ crash dos games de 1983.
Acontece que muita gente credita a existência do Super Nintendo à então arquirrival da Big N, Sega, que havia causado incômodo com seu Master System na geração anterior. Em outras palavras, especula-se que a Nintendo considerava seu NES/Nintendinho um console "imbatível", tanto por seu sucesso como em razão do fracasso do Atari 7800. O lançamento do console da Sega chacoalhou a Big N de seu cochilo na rede.
Um dos maiores clássicos da infância nos anos 1990. |
A disputa ficaria ainda mais acirrada naquela geração, e o Super Nintendo apanharia um pouco do Mega Drive, de sua rival conterrânea, que ainda daria mais uma dor de cabeça em breve: a criação do personagem Sonic, o ouriço em 1991!
A maior reação viria em 1994, com o lançamento de Donkey Kong Country, visto até hoje como um jogo revolucionário por, já naquela época, apresentar uma apurada pré-modelagem em 3D.
Donkey Kong Country deu ao jogador de Super Nintendo aquele gostinho da estética tridimensional, que ganharia cada vez mais força nos consoles das gerações seguintes.
Mas um dos maiores legados do Super Nintendo está em algo que dificilmente é lembrado: o acessório Satellaview. Graças a ele, os usuários do console no Japão podiam viver, no início dos anos 1990, uma experiência que é muito comum atualmente: baixar jogos, conteúdos exclusivos e jogar online. Tudo com as limitações dos anos 1990, é claro.
Com essa coisinha acoplada ao Super Nintendo, o japonês podia entrar numa network. |
O sistema, para se ter uma ideia, precisava dividir o sinal com o canal por TV a cabo WOWOW, e o jogador só poderia fazê-lo em determinados períodos do dia.
E a Microsoft?
Rede online não é problema para a Microsoft hoje, tampouco era em 2005, quando lançou seu Xbox 360. Não apenas isto: no novo console, a gigante de Bill Gates conseguiu estabelecer uma rede ainda mais confiável que seu antecessor, o primeiro da série.
Se com o primeiro Xbox, a Microsoft precisou omitir o uso de Windows como sistema operacional e convencer os usuários de que a experiência de se jogar no Xbox ia além do jogo em PC, com o Xbox 360 a ideia de um console da Microsoft já estava consolidada.
Com o 360, a Microsoft ousou ao abrir a sétima geração. |
A Sega havia desistido dos consoles, e passaria de rival a cliente, tanto da Microsoft como da Sony e da Nintendo. Havia, ainda assim, grande resistência do mercado japonês, o que se vê até hoje.
Tirando os fanboys de PlayStation, que jamais viriam ou verão qualquer Xbox com bons olhos, o maior rival do Xbox 360 foi o Wii (cujo mesmo aniversário de 10 anos se dará ano que vem). O grande diferencial do console da Nintendo, o sensor de movimentos que permitia uma experiência além da de apertar botões, viria a ter uma resposta à altura em 2010.
Kinect: ele praticamente relançou o XBox 360. |
Sem dúvida, o Kinect gerou um legado à história dos games que é maior que o próprio XBox 360, embora a existência de um dependesse totalmente do outro - pelo menos no início. Pela primeira vez na história, era possível jogar videogame sem absolutamente nada nas mãos, e essa resposta fez muito mais estrago na Nintendo do que o Move da Sony (que pouco tinha de diferença de um Wii Remote).
Jogar games de futebol assim nos anos 1990: impossível. |
Satellaview e Kinect, mais que simples acessórios, deram a seus respectivos consoles um horizonte muito mais amplo. Num mercado em que acessórios de gosto duvidoso não vão muito longe, eles praticamente ressignificaram seus consoles, ajudando-os a permanecer na memória gamer por muito tempo ainda!
Com imagens de Divulgação / Reprodução / Wikipédia
artigo atualizado em 29/11/2015
Os 25 anos do Super Nintendo e os 10 do Xbox 360
Reviewed by Enki Jr.
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24.11.15
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