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Os 5 anos de 'Sonic Colors' e seu impacto na franquia

No dia 11 de novembro de 2010 era lançado o jogo Sonic Colors (ou Colours, dependendo do país). Explorando temas espaciais e fazendo várias brincadeiras com a lei da gravidade, o jogo tinha lá certas semelhanças com Mario Galaxy, grande sucesso da Nintendo que havia ganhado uma continuação em maio daquele mesmo ano.

Sonic, tails e os wisps antes de se fundirem com o ouriço.

Com sequências caprichadas de ação e velocidade, sem fases exageradamente longas, e com Sonic sendo Sonic, a Sega tinha a intenção de revitalizar a franquia, já que o ouriço azul vinha apanhando da crítica havia vários anos. Sonic vinha bancando o Senhor dos Anéis, se transformando em lobisomem e até dando umas voltinhas por aí com o rei Arthur, e os fãs não olhavam para essas “inovações” com nada além de preguiça.

De fato, depois de Sonic Colors, só um jogo de Sonic foi realmente super bem recebido pelo público: Sonic Generations, que rodava em XBox 360, PS3 e Computador. Sonic Colors era um exclusivo Nintendo (sua versão para Nintendo DS, aliás, se comparada com a do Wii, era praticamente outro jogo), o que não ajudou muito naquele momento.

Sabe como é: Sega e Nintendo podem sair da console wars, mas a console wars nunca sai de dentro dos fanboys. ¯\_(ツ)_/¯

Ok, o que o jogo tem de bom?

A história do jogo gira em torno de um complexo de parques de diversões montado por Eggman. Ali, o vilão bigodudo escraviza bichinhos alienígenas camaradas — os wisps — para fazê-los trabalhar incansavelmente nesse Beto Carrero World do espaço. Um empreendimento bem-intencionado, segundo Eggman. 

Visão panorâmica dos parques de Eggman, que curiosamente não ficam em Orlando.

Sonic não compra a história, e vai ver in loco essa patacoada. Logo descobre que Eggman estava sendo... Eggman, e passa a ir de mundo em mundo libertando os wisps, dando orgulho a qualquer fiscal da Justiça do Trabalho.

Em retribuição, Sonic recebe desses wisps várias habilidades especiais em power-ups que vão desde o básico “correr desenfreadamente” até um superfoguete que frequentemente encontrava vidas extras.

Sonic no primeiro parque do complexo de parques de Eggman.

Sonic num mundo cheio de pipocas e guloseimas engordativas.

Com trilha sonora impecável, qualidade gráfica excelente, várias sequências de corrida de tirar o fôlego, Sonic Colors conseguiu não decepcionar, apesar de sua história meio mequetrefe. Era um jogaço — aceitem, fãs de Sonic em 2D.

Que legado Sonic Colors deixou?

Bem, os wisps ainda aparecem em jogos recentes para celular e também apareceram em Sonic Lost World, onde essa história de vários mundos também foi explorada. Na verdade, Sonic Colors deixou muito menos legado do que poderia ter deixado.

Sonic e os wisps depois das fusões.

Hoje, vemos a Sega insistir em seu projeto Sonic Boom, que inclui vários jogos que já foram e ainda serão lançados, além de uma série animada exibida no Cartoon Network.

A série 'Boom' é bem bacana, especialmente por resgatar personagens que vinham sendo esquecidos há tempos como Shadows, Knuckles e Amy Rose. Seus jogos, especialmente os feitos para consoles, não recebem a enxurrada de críticas das épocas do Rei Arthur, por exemplo. Em outras palavras, as coisas vão bem. Uma crítica pesada aqui ou ali, mas isso faz parte.

O que acontece é que, ainda hoje, é possível ver que a recepção positiva de Sonic Colors por parte considerável da comunidade de fãs de Sonic não foi tão bem utilizada. Boatos sobre um “Sonic Colors 2” até chegaram a rolar pela web, sendo que a ideia de um “Sonic Unleashed 2” nunca passou pela cabeça nem do fã mais troll.

Sonic em alta velocidade ao lado de uma frota de naves espaciais.

Em outras palavras, se a Sega tivesse trabalhado fortemente em cima de Sonic Colors como tem trabalhado em Sonic Boom, seus resultados poderiam ter sido bem melhores.

O nome 'Colors' foi bem mais aceito que 'Lost Word', e os wisps tiveram um nível de aceitação até bem razoável, o que poderia abrir caminho para várias novas gerações, spin-offs, produtos licenciados, etc. Se com 'Colors', a Sega pôde respirar um pouco mais aliviada com os rumos de seu mascote, com 'Lost World' (sua sequência indireta lançada em 2013) ela perdeu bem mais que um mundo, mas uma grande oportunidade.

Os 5 anos de 'Sonic Colors' e seu impacto na franquia Os 5 anos de 'Sonic Colors' e seu impacto na franquia Reviewed by Enki Jr. on 11.11.15 Rating: 5

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