5 pequenas coisas que irritam qualquer jogador
Nossa pequena lista da vez é sobre algumas
situações ainda presentes nos jogos de videogame, capazes de irritar muito
qualquer um da turma dos joysticks. Da lista não fazem partes coisas como “o
game travar” ou “game bugado”, pois essas situações têm mais a ver com erros na
concepção do jogo ou coisas relativas à CPU. As situações descritas adiante
referem-se mesmo a coisas colocadas lá de propósito pelos PEÇUAL do estúdio.
Vamos a elas?
Calma, benhê! |
#5 – Demora desnecessária em transições
Nossa quinta posição é semelhante à
primeira, e vocês vão saber porque, mas vamos começar pelo começo (que na verdade é o fim ~~ALÔ ESQUISOFRENIA). Falamos aqui sobre aqueles pequenos processos do jogo que
poderiam demorar menos do que realmente demoram – e não me refiro a lentidão de
CPU não, é algo bem mais irritante. Um exemplo clássico sobre “demora
desnecessária” está ligado à minha experiência com o Super Paper Mario
– aliás, qualquer hora vou fazer um artigo só pra falar de minha decepção
quanto a esse jogo.
A Nintendo se preocupou mais em auto
homenagear o Mario nesse game do que propriamente criar algo empolgante. Com
isso, um processo muito comum nesse game, que é a “gigantização” dos
personagens, ficou mais lenta do que deveria. TIPAÇÝN, chega a hora do Mario ficar gigantão, mas esse processo dele
ocupar quase a tela inteira dura muitos segundos a mais do que o jogador
gostaria. Um exercício desnecessário à paciência do jogador
Mas não vou poupar meu ídolo Sonic não.
Pelo contrário, os games do Sonic são muito conhecidos pelas horas em que ele
corre sozinho. Em Sonic Colours, por exemplo, há uma parte em que
eu lembro muito bem o narrador do UOL Jogos fazendo sua crítica – se bem que
ele também merece um artigo qualquer hora dessas. Na parte em questão, o
jogador conduz Sonic pelo espaço até um certo ponto em que ele passa a correr
sozinho, mesmo que o jogador não aperte um botão sequer. Nisto, começam a
passar cenários sensacionais atrás de Sonic, e assim acontece por mais de 10
segundos até que Sonic volte a nosso controle.
Vejamos, eu sou suspeito pra falar sobre
isso pois, pra mim, Sonic Colours foi o melhor jogo de Sonic dos últimos
tempos (embora coisas semelhantes aconteçam em outros jogos da série), mas sei que muita gente se sente incomodada com essas transições as
quais bastariam uns dois ou três segundos. Então, tá falado!
#4 – Desbloqueio de itens irrelevantes
MOMAMIIIIA~~ |
As duas experiências recentes mais
marcantes que vivi quanto a esse ítem estão no Mario Kart Wii e
no Just Dance 3. Vejamos: estou lá, todo pimpão, jogando Mario
Kart e vencendo geral. Vários personagens estão bloqueados. De repente eu
consigo qualificação, mas, ao invés de desbloquear algum carro fodão ou um
personagem diferente, o jogo desbloqueia uma motinha furreca qualquer, bem mais
lenta que as que eu já usava. Ah, que raiva que dá!
Já o Just Dance 3 é uma mina de bobagens
pra se desbloquear. Conforme você vai jogando e acumulando estrelas, vai
esperando para desbloquear alguma música legal, mas isso só acontece três vezes
– a última a ser desbloqueada, aliás, é surpreendente. Digamos que, de todos os
itens desbloqueados em Just Dance 3, apenas uns três ou quatro realmente são
relevantes: o modo “Simon Says”, o Zouk do Dr. Creole e a música Mamasita,
além do tal último desbloqueio. De resto, são apenas tentativas de fitness que
eu definiria apenas como “legaizinhas”. Não joguei Just Dance 1 e 2 pra saber
se isso se repete nesses jogos, mas suponho que se repita. Mas tenho certeza que há muitos outros jogos
por aí em que a gente ganhe coisas que não fariam a menor falta – até em GTA
isso acontece de vez em quando. Enfim, esse tópico daria uns dois capítulos
ainda se a gente citasse cada game em que ele ocorre.
Coreô fodona VENGENT
#3 – Falta de noção online
O terceiro lugar não é bem culpa das
produtoras. O fato é que, nas modalidades de jogo online, não é muito difícil
se relacionar com gente sem noção. E isso eu falo citando os jogos que prefiro
(plataforma, corrida, etc.). Pelo que ouço dizer, a coisa é ainda pior nas
redes online de jogos de tiro em primeira pessoa. Principalmente os moleques
americanos que estão pouco se lixando pra pessoas de fora.
Imagem com dizeres em russo apenas para fins humorísticos. |
Cordialidade aí, GALERË!
#2 – Cenários grandiosos que não podem
ser totalmente explorados
Taí uma coisa que NÃO podemos reclamar de GTA.
Apesar dos cenários terem diminuído desde San Andreas, o jogador tem a
possibilidade de ir em, sei lá, 95% do cenário. Isso inclui fundo do mar,
estabelecimentos comerciais, interior de casas, boates, puteiros (pois é). É
claro que tem muito lugar onde há portas que não podem ser abertas, mas a gente
releva (são os tais 5%).
Mas, ao contrário de GTA, há vários games
onde partes do cenário não estão sob domínio do jogador. É muito comum ver isso
em fases de chefão, ainda mais na época dos jogos em 2D. Tipo assim: o chefão
se escondia atrás de uma parede com várias portas e janelas, mas apesar disso,
nosso personagem não conseguia ir até lá. Só o chefão tinha poder de ir e
voltar.
Já quanto aos jogos mais recentes, dá pra
citar o Kinect Adventures. A canoa inflável sem noção poderia
alcançar muito mais lugares do que realmente alcança – alguém não teve essa
impressão?
1 vontade: poder subir nesse negócio vermelho acolchoado aí e brincar de touro mecânico. |
Resumindo: é bem chato quando nosso
personagem atinge a “parede invisível”, não pode continuar para lá, mas a gente
vê que tem um cenário cabuloso mais adiante, não é?
#1 –
Cutscenes obrigatórias
As cutscenes (momento Fisk:
“cât-ssíns”) são aquilo que mais assombra o jogador nos games, desde muito
antes do Kinect, do 3D e dos personagens tagarelas. Se você não sabe o
que é cutscene (você só deve jogar Joquem Pô... brinks) eu explico: são aqueles
filminhos que acontecem entre as fases e contam uma(s) história(s). Lembro que,
no começo da década de 1990, em que os personagens não falavam, as cutscenes
eram com os personagens mexendo a boca, e as legendas aparecendo abaixo –
somente em inglês e/ou japonês. Algumas vezes elas eram obrigatórias, ou seja,
você TINHA que assisti-las antes de jogar a próxima fase. Ainda assim, você
poderia apertar um botão e fazer os personagens falarem mais rápido – as
legendas apareciam em ritmo frenético, e as bocas se moviam à velocidade
daquelas reconstituições toscas do Programa do Ratinho.
Hoje em dia, porém, não dá pra fazer isso.
Quando a cutscene é obrigatória, você tem que assistir e pronto. E eu pergunto:
POR QUÊ, MEU DEUS, POR QUÊ? O fato é que, quando criança, à época das legendas,
eu tocava o foda-se pras cutscenes, já que eu não entendia inglês, muito menos
japonês – nesse último derrapo feio até hoje. Resumindo ainda mais: CUTSCENE
TEM QUE SER OPÇÃO, NÃO SINA. Quem curtir que veja, mas o fato é que boa parte
das cutscenes NÃO INTERESSAM.
Cutscenes obrigatórias são obras de Jigglypuff! |
Quem nunca pulou uma cutscene que atire a
primeira pedra! Eu mesmo, já comecei a jogar jogos determinado a assistir todas
as cutscenes pra “entender bem a história”. Lá pela metade, porém, a gente só
quer é jogar logo e começa a deixar pra assistir as cutscenes depois. Beleza,
campeão. Por isso é que TODAS as cutscenes deveriam vir com a opção “aperte tal
botal para pular”. Infelizmente, algumas produtoras continuam chutando bundas
até hoje, e de vez em quando o jogador ainda se depara com filminhos de três,
quatro, cinco minutos que precisam ser assistidos do começo ao fim. Lembro do Sonic
Unleashed (que já citei aqui algumas vezes) em que, próximo do fim,
Chip (um dos famosos personagens-de-um-game-só da série Sonic) faz uma grande
revelação do tipo “eu sou seu pai, Maria do Bairro!”. Tal revelação é feita
numa cutscene que você pode apertar o botão que for, agitar o controle,
esmurrar com o nariz, que não adianta: tem que assistir tudo. Pior: eu tava
jogando alta madrugada, assisti a cutscene, joguei mais um pouco e fui dormir
e, dias depois, quando fui jogar de novo, tive que assistir todo o filminho de
novo! Assim não pode, assim não dá!
William é publicitário, roteirista, ator em formação e Sonicmaníaco. Curte jogos de plataforma, mas não dispensa um GTA ou Mario Kart.
5 pequenas coisas que irritam qualquer jogador
Reviewed by Mestre Risada Forçada®
on
10.12.12
Rating:
Nenhum comentário