Mortal Kombat X, Pitty, gays e chorume
É realmente uma pena que Mortal Kombat X, um jogo tão esperado e com lançamento tão badalado tenha gerado tanto chorume nas redes sociais nos últimos dias.
O primeiro grande baque foi a divulgação da dublagem de Pitty, anteriormente alardeada aqui. Seu desempenho como Cassie Cage ficou bem abaixo do esperado, é verdade! Da primeira vez que vi o áudio em que ela dizia "Eu vou equalizar tua cara", pensei que fosse brincadeira.
O grande susto foi quando percebi que... NÃO! Aquela era a dublagem oficial em português! Nisso, incontáveis opiniões foram dadas, todas não muito favoráveis à cantora baiana. Para o vlogueiro Cauê Moura (se é que ele pode ser considerado parâmetro para qualquer coisa) a Pitty fez um trabalho ruim, mas a culpa foi de quem a convidou, e não dela. Para outros, Pitty é culpada por não ter declinado o convite. Já para uma parcela um pouco menor de internautas, Pitty não deve ser "crucificada" porque deu o melhor de si.
Outra controvérsia veio com o anúncio mais ou menos oficial, feito pelo diretor de sequência Dominic Ciancialo, de que há um personagem gay no jogo: Kung Jin, em sua primeira aparição, primo de Kung Lao que já faz parte da franquia desde Mortal Kombat II.
Dessa vez, além dos esperados comentários do tipo "querem que engulamos gays em tudo", outro bastante frequente, em tom de ironia, foi "não pode bater nele porque é homofobia".
Vamos avaliar historicamente: Mortal Kombat sempre foi uma franquia polêmica, desde aquela treta nos anos 1990 de ter ou não ter sangue. Personagens femininas sempre fizeram parte da franquia, mas nunca se falou sobre violência contra a mulher por um motivo muito simples: é um jogo de luta, logo, espera-se que os personagens lutem entre si. É diferente de espancamento.
Não é homofobia quando se trata de um torneio de luta em que o fato de um competidor ser gay é mero detalhe. É homofobia quando se ataca um gay gratuitamente e motivado unicamente pelo fato do indivíduo ser gay. Deve ser fácil a qualquer um com mais de 10 neurônios entender isso.
Mais engraçado que toda a polêmica, é ver as pessoas perdendo horas discutindo sobre isso em vez de jogar! Se a dublagem foi ruim, paciência, durante anos só houve a versão em inglês mesmo. Não se sabe ainda se o abaixo-assinado para a Warner promover uma redublagem realmente fará algum efeito, mas o sinal de descontentamento foi dado e é sempre positivo quando o público dá sinais de que não engole qualquer coisa.
Já o personagem gay, bem, é só mais um entre trocentos que sempre houve no mundo dos games, nas entrelinhas ou não. Quem não tem problemas com a própria sexualidade, geralmente não liga muito pra isso. Fica a dica.
O primeiro grande baque foi a divulgação da dublagem de Pitty, anteriormente alardeada aqui. Seu desempenho como Cassie Cage ficou bem abaixo do esperado, é verdade! Da primeira vez que vi o áudio em que ela dizia "Eu vou equalizar tua cara", pensei que fosse brincadeira.
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Equalizadas numa frequência que o público não soube bem. Fotos: Reprodução. |
O grande susto foi quando percebi que... NÃO! Aquela era a dublagem oficial em português! Nisso, incontáveis opiniões foram dadas, todas não muito favoráveis à cantora baiana. Para o vlogueiro Cauê Moura (se é que ele pode ser considerado parâmetro para qualquer coisa) a Pitty fez um trabalho ruim, mas a culpa foi de quem a convidou, e não dela. Para outros, Pitty é culpada por não ter declinado o convite. Já para uma parcela um pouco menor de internautas, Pitty não deve ser "crucificada" porque deu o melhor de si.
Outra controvérsia veio com o anúncio mais ou menos oficial, feito pelo diretor de sequência Dominic Ciancialo, de que há um personagem gay no jogo: Kung Jin, em sua primeira aparição, primo de Kung Lao que já faz parte da franquia desde Mortal Kombat II.
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Vamos jorrar sangue de todas as cores do arco-íriiiis ~~~ou não |
Dessa vez, além dos esperados comentários do tipo "querem que engulamos gays em tudo", outro bastante frequente, em tom de ironia, foi "não pode bater nele porque é homofobia".
Vamos avaliar historicamente: Mortal Kombat sempre foi uma franquia polêmica, desde aquela treta nos anos 1990 de ter ou não ter sangue. Personagens femininas sempre fizeram parte da franquia, mas nunca se falou sobre violência contra a mulher por um motivo muito simples: é um jogo de luta, logo, espera-se que os personagens lutem entre si. É diferente de espancamento.
Não é homofobia quando se trata de um torneio de luta em que o fato de um competidor ser gay é mero detalhe. É homofobia quando se ataca um gay gratuitamente e motivado unicamente pelo fato do indivíduo ser gay. Deve ser fácil a qualquer um com mais de 10 neurônios entender isso.
Mais engraçado que toda a polêmica, é ver as pessoas perdendo horas discutindo sobre isso em vez de jogar! Se a dublagem foi ruim, paciência, durante anos só houve a versão em inglês mesmo. Não se sabe ainda se o abaixo-assinado para a Warner promover uma redublagem realmente fará algum efeito, mas o sinal de descontentamento foi dado e é sempre positivo quando o público dá sinais de que não engole qualquer coisa.
Já o personagem gay, bem, é só mais um entre trocentos que sempre houve no mundo dos games, nas entrelinhas ou não. Quem não tem problemas com a própria sexualidade, geralmente não liga muito pra isso. Fica a dica.
William é publicitário, ator, já fez roteiros pra rádio e ama Sonic. Curte jogos de plataforma, mas não dispensa um GTA ou Mario Kart. No mundo literário, também atende por Enki Jr.
Mortal Kombat X, Pitty, gays e chorume
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