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E essa tal realidade virtual? — Parte I: Entendendo o que é VR

Uma tendência que veio pra ficar ou um fogo do momento?

Pergunta que me faço vendo o tanto de vídeos e conteúdos sobre VR (Virtual Reality, ou melhor dizendo, Realidade Virtual). Não há dúvidas dos benefícios e a imersão que a realidade virtual pode nos proporcionar. Porém, a que custo?

Os três principais desenvolvedores de dispositivos VR, Oculus, HTC e Sony
Hoje temos 3 empresas desenvolvendo produtos para o segmento VR: a Sony com o Playstation VR, a Oculus (comprada em 2014 pelo Facebook) com o Rift e a HTC com o Vive. Além disso temos também alguns aparelhos que servem de suporte para converter smartphones em óculos de realidade virtual, como o Gear VR produzido pela Oculus sob encomenda da Samsung e o Cardboard da Google e outro inúmeros acessórios que fazem a mesma adaptação. Esse é o cenário que temos hoje no quesito VR que está sendo tecido há mais de um ano.

Google Cardboard e Samsung Gear VR, ambos suportes para smartphones com tecnologia VR.

Como vejo isso tudo?

Venho acompanhando o assunto e já presenciei diversas aplicações da tecnologia VR. Presenciei, por exemplo, um muito interessante onde um grupo de crianças com necessidades especiais pôde estar em um estádio, assistindo a um jogo de futebol à beira do gramado sem ter que sair da instituição que as atende.

Apesar do jogo já ter sido realizado e as crianças assistirem a uma gravação, a experiência e imersão de estar dentro de um estádio foi indescritível. Talvez essa crianças nem cheguem a pisar em um estádio, que dirá à beira do campo! Mas eles levaram a experiencia para vida toda. Poder ver uma partida de futebol de um ângulo totalmente diferente do que se vê na tevê é algo incrível e estar em um estádio sem sair do conforto de sua casa e poder sentir toda emoção de estar em um estádio é algo fabuloso.

O vídeo está hospedado na Globo Play e não permite incorporação, mas quem tiver curiosidade pode clicar aqui para ver o vídeo!

Por outro lado, também venho assistindo outros vídeos em que pessoas que, aparentemente, nunca jogaram ou utilizaram algum recurso VR, acreditam piamente que estão vivenciando o que enxergam através do óculos de VR. Acabam, afinal, sendo postas em situações embaraçosas.


Reações de pessoas experimentando a realidade virtual pela primeira vez.

E nos jogos?

A aceitação, ao que parece, está sendo grande. Para jogos de corrida então, o equipamento ficou perfeito. Agora, quando se guia um carro, o condutor inclina a cabeça e olha em direção à curva.

Nos games tradicionais fica difícil a visualização a partir da visão do cockpit, pois a câmera fica apontada para frente. Até acostumarmos leva tempo.

Prefiro jogar vendo o carro por completo por conta disso. Com o óculos de VR isso fica intuitivo, como se estivéssemos dirigindo mesmo. Basta inclinar a cabeça buscando a melhor visualização do traçado da curva.

Mas seria o óculos compatível com todos os jogos? Até onde sei, já há uma gama de jogos que possuem compatibilidade desde o lançamento ou que passaram a ter depois, por meio de atualização. Project Cars, GTA V e Minecraft  já possuem suporte à tecnologia VR.

Recentemente, eu soube que Dark Soul III terá compatibilidade como VR, além de jogos exclusivos como o Chronos, para os donos do Rift.


É possível ver no vídeo que muitos jogos possuem gráficos e temáticas simples, como jogos do Wii e Kinect.

A tecnologia VR parece ressuscitar um segmento criado na geração passada de consoles, que apesar de inovador, não vingou muito. Me refiro aos jogos com suporte à captura de movimentos, por biometria ou por controles com sensores de movimento.

Isso me faz refletir se seria esse o mesmo fim dos acessórios de VR para jogos — ou seja, serem jogador por um período e depois postos de lado. Claro, se os dispositivos VR forem utilizados da mesma forma que o Kinect, o PS Move e o Wii Remote foram utilizados, ou seja, dependendo essencialmente de jogos exclusivos ou compatíveis — no caso do PS Move, não houve muitos títulos.

Por isso acho que a tecnologia VR pode revitalizar o segmento, mas tenho receio de que siga pelo mesmo caminho dos acessórios com sensores de movimento, que causaram grande euforia no início, porém, por falta de incentivo, de jogos compatíveis e de investimento, tornaram-se obsoletos.

Você sabe qual a real função de um dispositivo de VR em um jogo, como GTA V por exemplo? Apenas movimentar a câmera. Isso mesmo!


A utilização de óculos de VR em GTA V para PC deixa um pouco a desejar.

Com o modo em primeira pessoa ativado, o dispositivo servirá para mostrar o que o jogador veria como se movimentasse a câmera como o controle ou mouse. Confesso que há alguma limitações e a utilização do mouse se faz necessária, mas em outros jogos como Skyrim, por exemplo, o controle da câmera com o movimentar da cabeça é bem mais natural.

O grande problema é a fiação. Apesar do jogo permitir que a posição do jogador seja corrigida com o mouse, a fiação ao longo do corpo pode incomodar um pouco. Se não se ajustar a ele, o jogador pode acabar todo enrolado nos cabos e derrubando objetos no chão.

Outros dispositivo utilizam baterias. Se acabar a bateria do dispositivo, infelizmente o jogo acaba.
Por mais que seja imersivo jogar dessa forma, acaba sendo sem nexo você ter que ficar fixo jogando enquanto tenta explorar o mundo do jogo e ter que constantemente acertar a posição de seu personagem.

Os jogos desenvolvidos especialmente para essa tecnologia já são mais imersivos nesse aspecto, pois necessitam mesmo que o personagem gire para o lado que ele queira explorar.

E nos jogos de corrida?

Bem, no mínimo é bom contar com um volante com Force Feedback. Vale ressaltar que o Playstation 4 não suporta o popular G27 e a Logitech já desenvolveu um volante para PS4, o G29 e outro para Xbox One, o G920, ambos extremamente caros. Ao menos o G27 continua 100% compatível com o PC.

Logitech G27: PS2, PS3 e PC - Logitech G29: PS3, PS4 e PC - Logitech G920: Xbox One e PC
O G27 é o mais completo, já vem de fábrica com pedais e câmbio H... já nas versões de PS4 e XBox One o câmbio é
vendido separadamente o que aumenta ainda mais o preço final do acessório que passa do R$ 2000,00 aqui no Brasil.

Fora isso você precisará de um suporte para fixar o volante, mas para uma maior imersão seria ótimo possuir uma base com simulação de movimento, ai sim você terá um cockpit perfeito. Você terá dinheiro pra isso? Você investirá muito dinheiro nisso?



Sacada genial do youtuber Marcel Pfister, depois se filmar enquanto joga, ele captura os
replays e edita com o Sony Vegas. O resultado é a incrível imersão proporcionada pela VR.


Nesse comparativo entre o real e virtual as diferenças são praticamente nulas.

Já tem acessório em que o jogador fica totalmente preso em suspensão para que possa caminhar e os sensores detectam e repassam no jogo. Imagina quanto não sai um investimento desses? Será compatível com qualquer jogo ou apenas a jogos feitos para usar dispositivos VR?


E essa plataforma para jogador andar durante um jogo?
Quanto será que custa um brinquedo desses?

Ainda tem muito a discutir sobre o tema, como saúde dos jogadores, preços e muito mais! Acompanhem no próximo post.

Sites oficiais:
Oculus Rift
HTC Vive
Playstation VR
Logitech

As imagens dessa postagem são de divulgação e pertencem a seus respectivos idealizadores.
E essa tal realidade virtual? — Parte I: Entendendo o que é VR E essa tal realidade virtual? — Parte I: Entendendo o que é VR Reviewed by M. Roger on 18.6.16 Rating: 5