Futuro dos games será em dispositivos móveis. Segundo quem mesmo?

A Open Gaming Alliance declarou que o futuro dos jogos é nos tablets e smartphones. Segundo matéria divulgada no TudoCelular, a OGA acredita que facilidades como a não necessidade de comprar diferentes consoles para diferentes games irão aproximar o jogador dos dispositivos móveis cada vez mais. O extenso comunicado da entidade, que aborda outras questões além dessa pode ser acompanhado aqui (em inglês).

Mas ok. Esse discurso não é nenhuma novidade. A resposta a ele também não. Muitos jogadores acreditam que jogos muito pesados e com gráficos cada vez melhores dificilmente teriam bom desempenho num tablet ou smartphone. Computadores pessoais (PC) também são apontados como alternativa além dos consoles, mas também não seriam, aparentemente, os grandes nomes do gaming no futuro.


Adeus consoles. Será?
 Imagem: Tuaw.com

Vamos lembrar do seguinte: hoje em dia, um relógio de pulso tem mais valor estético do que funcionalidade plena, já que celulares marcam horas. Calculadoras simples também não precisam mais ser compradas, a não ser por uma questão de preferência. Até mesmo bússolas não são mais necessárias, desde que se tenha um aplicativo de bússola num celular com bom sistema de GPS. Ah, e tem o próprio GPS!

Que a capacidade dos tablets, smartphones, smartglasses, smarTVs etc. vai aumentar, ninguém duvida. Que os consoles de videogame algum dia vão sumir também não é nenhuma teoria louca - que necessidade teriam em 2115 diante de avanços futuros que nem sonhamos?

Mas, sinceramente, ainda acho forçado pensar no fim dos consoles num futuro muito próximo. Pelo contrário, a proliferação de consoles rodando Android mostra um resposicionamento totalmente inimaginado no início desse século - muito embora haja quem os considere mais emuladores do que propriamente consoles.

Quem vem repetir essa história de "fim dos consoles", porém, é uma instituição cuja missão, de acordo com o próprio site, é "manter o ecossistema de jogos 'aberto' e a mais lucrativa plataforma de publicação de jogos (...) com foco em múltiplos sistemas operacionais como: Windows, Mac OSX, SteamOS, Linux, etc."

Algum problema se disser que a logo lembra a do Steam? Fonte: OpenGamingAlliance.org

Ora, a referência a consoles domésticos no site do OGA é muito pequena e geralmente desfavorável.
A OGA, afinal, se identifica como uma organização sem fins lucrativos em favor do produtor de jogos e, vejamos, não tem compromisso de imparcialidade com ninguém. É uma organização que tem seus próprios objetivos e utilidade no mercado de jogos.

Em outras palavras, é uma organização que visa crescimento de desenvolvedores e fortalecimento do mercado, não sendo uma instituição mercenária ou algo do tipo, mas aparentemente sem tanta neutralidade para tratar de um assunto assim de maneira tão ampla. É sempre bom entendermos a diferença entre opinar se algo vai acontecer e torcer para que algo aconteça.


Abaixo, alguns estudos divulgados pela OGA, cuja metodologia, aparentemente, só é clara a membros registrados. Confira por completo aqui.

Estimativa atual de utilização de jogos levando em conta o software põe PC na frente, exceto sob uma análise mais detalhada.

Estimativa de consumo de games até 2020 no mundo além dos smartphones.


William é publicitário, ator, já fez roteiros pra rádio e ama Sonic. Curte  jogos de plataforma, mas não dispensa um GTA ou Mario Kart. No mundo literário, também atende por Enki Jr.
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