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Agora é oficial: quem quiser vender consoles vai ter que rebolar

Se você nasceu antes de 2000 deve se lembrar de quais opções tinha se quisesse jogar videogame: ou você ia a uma casa de jogos, ou comprava um console e levava para casa. Ponto

PC Gaming já existia em 2000, mas o próprio computador ainda era artigo de luxo - realidade que começaria a mudar antes de 2005, mas que ali era apenas um "futuro".

Mas, e o que temos hoje?

Mercado de consoles, who f*cking cares?

 Casas de jogo continuam, videogame em casa também, mas ninguém conseguiu mais público que os celulares. Pessoas com idade mais avançada, que nunca se interessaram por jogos digitais, agora se rendem ao Candy Crush Saga e afins. E quem tem console? Esse cara também joga pelo celular, quando está no ônibus, na fila do cinema, no motel... literalmente, em qualquer lugar! Se ele pode ser demitido por isso, aí já é problema pessoal dele.

Em campanha com Gabriel Medina, Samsung deixa claro: "SEM CONSOLE"

Quem esteve em redes sociais nos últimos dias certamente percebeu que a Samsung está com uma campanha pesada para divulgar o Game Fly, serviço de streaming de jogos para sua Smart TV, que começou a operar em junho. Até a pessoa mais relapsa entendeu o pulo do gato: não precisa de videogame. Aliás, não recebemos nada pelo merchã involuntário, mas estamos aceitando, viu!?

Desafie o Medina e ganhe whatever
Imagens: Reprodução/RevistaPublicitta.com.br

Certo. Game Fly apresentado. Agora, levante o assunto "fim dos consoles" numa roda de amigos, e provavelmente alguém vai te responder algo como "há certos jogos de qualidade excepcional que não rodariam bem em computador, por isso consoles sempre serão necessários". Isto é uma verdade? Se for, até quando será?

Sobre a oitava geração de consoles uma coisa é certa: você pode zoar o Wii U o quanto quiser pela baixa vendagem, mas ninguém tem muito o que comemorar. PlayStation 4 e XBox One venderam menos que seus antecessores tinham vendido com o mesmo tempo de vida.

Além disso, a ideia de comprar uma mídia física para um jogo está cada vez menos interessante, até em razão da dificuldade de consertar falhas nesse sistema. Hoje, se uma empresa lança um jogo meio bugado na App Store, por exemplo, basta ela fazer as modificações necessárias e bola para frente. Mesmo entre os principais consoles da geração, o hábito do download já está presente há anos.

Do lado do PC Gaming, o fim da necessidade de um CD-ROM provavelmente só afetou aos fabricantes do CD. As exigências técnicas são bem maiores que em 2000, mas também há opções vantajosas como o Origin e o Steam. E se tiver sucesso estrondoso numa rede dessas, meu amigo, para que gastar mais em desenvolvimento para PS4?

Mas afinal, consoles vão sumir?

Por Julia Petit e Andrew Bridgeman, disponível em Dorkly


Vamos pensar nessa questão como a própria televisão. Faixas de horário da TV aberta que antes marcavam 40 pontos no Ibope facilmente, hoje passam sufoco para chegar a 20. Mas o que houve foi uma diluição da audiência: uns foram para a TV a cabo, outros foram pro Netflix, outros ainda passaram a acompanhar canais do YouTube na hora da novela e outros foram jogar videogame. Os que realmente desligaram a TV por convicção não são tantos.

É o que ocorre também com o público que joga games: ele se diluiu. Não quer dizer que os consoles acabarão abruptamente, mas talvez apenas fiquem descentralizados, e a "console wars" perca seu sentido.

A ascensão de concorrentes para o Ouya, como o M.O.J.O., o Shield ou o Zrro, ainda que muitas vezes mais pareçam a emuladores do que consoles, mostra como ainda há espaço para eles. Se um console "hype" tem como objetivo dar jogabilidade de alto desempenho de um jogo de Android, quando uma Smart TV também faz isso, então ele poderá enfrentar problemas. Mas isto são cutscenes do próximo level.
Agora é oficial: quem quiser vender consoles vai ter que rebolar Agora é oficial: quem quiser vender consoles vai ter que rebolar Reviewed by Enki Jr. on 22.7.15 Rating: 5

2 comentários

  1. ... E Ainda tem doido achando q a Sega vai querer voltar a fazer console! SEM CHANCE!!! Faltou falar nesse post q já tem gente achando q a Microsoft tb não vai fazer um sucessor do ONE, o q é bem provável, já que o Windows 10 vai deixar o one quase obsoleto. Faltou falar tb q agora tá todo mundo querendo fazer sua plataforma, q tá cheio de gente querendo ser o novo Origin, e isso pode acabar saturando tb... pelo menos é o que eu penso

    No mais o post tá de boa... abraços

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    Respostas
    1. Kkk... vou torcer para que "o post tá de boa" seja algo bom. Quanto às plataformas, tipo Origem, Nuuvem, agora o Game Fly, eu acredito que tudo em excesso satura. Mas essas plataformas favorecem o jogo a custar menos (às vezes nem tão menos assim, mas enfim). Podem existir umas 10 plataformas grandes ao mesmo tempo, sem problema... agora, 10 consoles seria inviável. As publicadoras multiplataforma já pensam duas vezes antes de lançar pra um terceiro (no caso o Wii U), mas enfim, o lance é que consoles podem ficar obsoletos antes do que a gente imaginava.

      Valeu por prestigiar ;-)

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