Esta é uma geração de consoles perdida?

Puxões de orelha à Nintendo não faltam em vários sites de games por aí – inclusive, muitos mantidos por nintendistas. Que o Wii U – mistura de Wii com tablet – não foi muito bem-sucedido, já se sabe bem. Mas notícias recentes dão novos horizontes ao mundo gamer: Microsoft também está perdendo dinheiro com seu Xbox ONE.

Não que não tenhamos avisado (haha!), mas aquela história de jogos não compatíveis com Xbox 360, pagar taxa para emprestar jogos e patifarias assim devem passar pela cabeça dos mais bem informados antes de quererm comprar um Xbox ONE – que além de todos esses desincentivos, ainda é caro pra chuchu! O resultado: perdas que já somam 400 milhões de dólares.

Não que eu ou você devamos estar preocupados com isso. Ao contrário da Nintendo, a Microsoft, fabricante dos consoles da série Xbox, não vive só de jogos eletrônicos, assim como a Sony. E 400 milhões, por mais que seja uma grana considerável, não afeta de modo tão efetivo a Microsoft como um todo – e, cá entre nós, com muita sinceridade, ninguém precisa tanto da Microsoft hoje em dia e esse artigo, por exemplo, foi rascunhado no Libre Office.

Mas resumindo a questão, parece que a oitava geração tem se resumido ao PlayStation 4, da Sony e ao despretensioso console low-cost Ouya. E, também, aos dispositivos móveis – celular, tablet, etc. Quem via, lá em 2000 e bolinha, celulares com o reles jogo da cobrinha, podia não apostar muito – e certamente, a Nintendo não o fez –, mas os dispositivos móveis vieram com tudo para cima do mercado de jogos eletrônicos. E vantagens não faltam: você pode lançar um jogo até gratuitamente e lucrar com os anúncios e itens especiais, afastando eficazmente o risco da pirataria. Hoje, a quem vai abrir uma produtora de games do nada, compensa bem mais apostar nos dispositivos móveis e, só bem depois, pensar em consoles – como fez a Rovio, produtora da série Angry Birds, Amazing Alex entre outros.

Os mais pessimistas dizem que não haverá mais consoles em futuro próximo. Toda a produção de jogos estará concentrada entre computadores e dispositivos móveis. Quem lê pode pensar que não. “Ah, imagina, jogos pesados como GTA V não rodam bem em qualquer tablet, precisam ou de um computador super potente ou de um console”. Mas o mundo dá voltas, e a tecnologia costuma surpreender quando menos se imagina. Por enquanto, pelo menos a Microsoft e a Nintendo têm deixado as previsões dos pessimistas em vias de se concretizar!

Imagem via Google Boys. Clique e veja outras tão acachapantes quanto!

William é publicitário, roteirista, ator em formação e Sonicmaníaco. Curte  jogos de plataforma, mas não dispensa um GTA ou Mario Kart. No mundo literário, também atende por Enki Jr.